PMMA na Estética: Promessas, Polêmicas e Recomendações da OMS

Neste artigo, abordaremos em detalhes o que é o PMMA, suas promessas e polêmicas, indicações e contraindicações, alternativas mais seguras e a visão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o assunto. O objetivo é oferecer informações completas e confiáveis para que você tome uma decisão consciente sobre sua saúde e beleza.

O desejo de realçar a beleza e retardar os sinais do envelhecimento impulsiona a busca por procedimentos estéticos. Entre as opções disponíveis, o preenchimento com PMMA (Polimetilmetacrilato) se destaca por seus resultados duradouros. No entanto, essa prática gera controvérsias devido a relatos de complicações e riscos à saúde.

1. O que é PMMA?

O PMMA, também conhecido como acrílico ou metacrilato, é um plástico rígido e transparente com diversas aplicações, desde próteses dentárias até lentes de contato. Na medicina estética, ele é utilizado na forma de microesferas suspensas em um gel, conhecido como PMMA injetado ou bioplastia.

O desenvolvimento do PMMA para fins estéticos se iniciou na década de 1970. Inicialmente, era utilizado para corrigir deformidades faciais e corporais. Com o tempo, sua aplicação se expandiu para fins estéticos, como aumento dos lábios, maçãs do rosto, glúteos e outras áreas do corpo.

Em comparação com outros materiais de preenchimento, como o ácido hialurônico, o PMMA se destaca pela sua durabilidade. Os resultados do preenchimento com PMMA podem durar anos, enquanto o ácido hialurônico é reabsorvido pelo organismo em 6 a 12 meses. Essa característica torna o PMMA uma opção atraente para quem busca resultados a longo prazo.

2. Polêmicas: Riscos e Efeitos Adversos

O uso do PMMA para fins estéticos é alvo de debates acalorados devido aos riscos e efeitos adversos associados à sua aplicação. Entre as principais preocupações estão:

  • Migração do PMMA: As microesferas de PMMA podem se mover no tecido, causando deformidades, granulomas e outros problemas.
  • Infecções: A aplicação inadequada do PMMA pode levar a infecções graves, que podem ser difíceis de tratar e resultar em sérias complicações.
  • Reações alérgicas: Algumas pessoas podem apresentar reações alérgicas ao PMMA, causando vermelhidão, inchaço, coceira e outros sintomas.
  • Necrose: Em casos raros, o PMMA pode obstruir vasos sanguíneos, levando à necrose do tecido na área da aplicação.
  • Resultados insatisfatórios: O PMMA é um material permanente, o que significa que os resultados do preenchimento são irreversíveis. Caso o paciente não fique satisfeito com o resultado, a correção é complexa e pode deixar sequelas.

Relatos de complicações e efeitos adversos com o PMMA são frequentes. Em 2018, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre os riscos do uso do PMMA para fins estéticos, especialmente em regiões como os glúteos.

Profissionais de saúde também alertam para os perigos do PMMA. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) desaconselha o seu uso para fins estéticos, devido aos riscos à saúde dos pacientes.

Pacientes que tiveram experiências negativas com o PMMA relatam diversos problemas, como deformidades permanentes, infecções graves e dificuldades na remoção do material.

3. O que o PMMA promete?

Apesar das controvérsias, o PMMA ainda é utilizado por alguns profissionais e pacientes que buscam resultados duradouros no preenchimento estético. As principais promessas do PMMA incluem:

  • Durabilidade: Os resultados do preenchimento com PMMA podem durar anos, ou para sempre, o que o torna uma opção atraente para quem busca efeitos a longo prazo.
  • Volume: O PMMA pode ser utilizado para corrigir sulcos faciais, aumentar o volume dos lábios, maçãs do rosto, glúteos e outras áreas do corpo.
  • Rejuvenescimento: O preenchimento com PMMA pode suavizar rugas e linhas de expressão, proporcionando um aspecto mais jovem à pele.

É importante ressaltar que essas promessas nem sempre se traduzem em resultados positivos. O risco de complicações graves com o PMMA é alto, e os resultados podem ser irreversíveis.

4. Quem pode fazer?

Foto por Isabella Mendes em Pexels.com

O preenchimento com PMMA deve ser realizado apenas por médicos qualificados em procedimentos estéticos, mas devido aos riscos citados, a recomendação atual é evitá-lo.

5. Quem não pode fazer?

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Devido aos riscos associados, o preenchimento com PMMA é contraindicado para diversas pessoas, incluindo:

  • Pessoas com doenças autoimunes, como lúpus ou artrite reumatoide.
  • Pessoas com alergias graves.
  • Gestantes e lactantes.
  • Pessoas com histórico de infecções recorrentes.
  • Pessoas com expectativas irreais sobre os resultados do procedimento.
  • Pessoas com determinadas condições de saúde preexistentes, como diabetes ou doenças cardiovasculares.
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Além disso, devido à natureza permanente do PMMA, é importante considerar a idade do paciente. Procedimentos estéticos definitivos em pessoas jovens podem não ser adequados, pois o rosto e o corpo sofrem alterações ao longo do tempo.

6. Alternativas mais seguras:

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Existem alternativas mais seguras e eficazes ao PMMA para o preenchimento estético. Algumas das principais opções incluem:

  • Ácido hialurônico: O ácido hialurônico é uma substância biocompatível naturalmente presente no organismo. É reabsorvido gradualmente pelo corpo, com resultados que duram de 6 a 12 meses. Essa característica permite ajustes ao longo do tempo e minimiza o risco de efeitos adversos.
  • Gordura autóloga: A lipoaspiração pode ser utilizada para retirar gordura de uma área do corpo e injetá-la em outra área para fins de preenchimento. A gordura autóloga é um material biocompatível e oferece resultados duradouros.
  • Hidroxiapatita de cálcio: É um preenchedor biocompatível que estimula a produção de colágeno, proporcionando resultados naturais e duradouros.
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Além dessas opções, a área da medicina estética está em constante desenvolvimento. Novas técnicas e materiais surgem frequentemente, oferecendo aos pacientes opções cada vez mais seguras e eficazes para o preenchimento facial e corporal.

7. O que diz a OMS:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda o uso do PMMA para fins estéticos devido à falta de evidências científicas robustas sobre sua segurança e eficácia. A OMS incentiva o uso de materiais preenchedores aprovados por órgãos reguladores e que possuam um histórico de segurança comprovado.

Foto por Hardeep Singh em Pexels.com

O preenchimento com PMMA é um procedimento estético controverso com alto risco de complicações graves e efeitos adversos. É fundamental priorizar a segurança e buscar alternativas mais seguras e eficazes, como o ácido hialurônico, a gordura autóloga ou a hidroxiapatita de cálcio.

Sempre consulte um médico dermatologista ou cirurgião plástico qualificado para discutir suas expectativas e encontrar o melhor tratamento para o seu caso.

Lembre-se, sua saúde e beleza devem ser priorizadas acima de resultados imediatos.

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Foto por Karolina Kaboompics em Pexels.com

Referências:

Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int/

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP): https://www.cirurgiaplastica.org.br/

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): https://www.gov.br/anvisa/pt-br

5 thoughts on “PMMA na Estética: Promessas, Polêmicas e Recomendações da OMS

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